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quarta-feira, outubro 29, 2003

Expirando 

Não encontro nas palavras mais do que o eco surdo de uma conversa. Quem não se confessa, não é porque não tenha nada a dizer, simplesmente a sua fé não o obriga a isso! Há contudo nesses intervalos silenciosos, que são em sí mais que contratempos; um tempo de respiro, que nos leva a um espaço, onde o ar é mais puro. Aí onde o tempo é indefinido, aí onde não conseguimos chegar propositadamente, aí conversamos; e nada temos a dizer que não seja: falar porque estamos aqui, respirar porque o podemos fazer. Eu não quero viver para sempre, mas gosto de viver indefinidamente! Eu gosto de falar, e quero escutar muita gente antes de morrer... Se não for aqui, será acolá, que importa o espaço onde-vens-onde-vais? Onde estás, quando estás comigo? Quem és, quando és meu amigo? Nunca és só tu...

sábado, outubro 25, 2003

mal 

Bendita maldade que nos ilumina, abençõado seja o fruto da sua contradição! O mal em sí não está em nós, nem é modo de vida, é condição... Bem-aventurados são aqueles que se procuram sem condições, sem certezas nem ilusões. Clarifiquem-se os pressupostos da maldade, leia-se contra o espelho e terás mandamentos para fazer o bem? Será que basta não fazer mal, ou não ser mau, para fazer o bem, ou ser bom?
...E esse estado semi-oculto, de quem procura e observa, tenta não incomodar, o vento, com o seu respirar(como se ao vento importasse, o nosso mais breve suspiro...). Não temas, abstém-te de julgar, não há nada mais estúpido do que contra o espelho respirar.

sexta-feira, outubro 24, 2003

atrás das pedras 

estou na minha cidade natal, faz frio, só posso bloggar de luvas, vou aquecer os dedos e volto logo que possa!

quarta-feira, outubro 22, 2003

Então e porque não lhe telefonas? 

Altere-se a percepção dos sentimentos, não sejamos apenas destinatários mas também, receptores! Exemplo Futbolístico: o jogador visa a baliza, procura o golo, o guarda-redes procura ser ele o destinatário, mas eis que no momento do remate, a intenção de quem remata se perde numa transferência energética para a bola, e o arguto guarda-redes procura essa energia, e não a bola, pois sabe que o destino desta é a baliza e não ele. O bom guarda-redes deve ser um bom receptor, não da intenção de quem remata, mas da energia da bola, que cederá ao seu propósito e encaixará entre o seu ventre e os braços, prendendo-a depois com as maos.
mwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmw

terça-feira, outubro 21, 2003

Didática 

À proposta do a-Deus uma mínima sugestão, trocar pedagogia por didática,é que essa coisa da historieta infantil dos pés esta a dar trabalho e mau cheiro na política que não é brincadeira!mwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmwmw

Não fiz greve! 

Não, porque não.

segunda-feira, outubro 20, 2003

Greve 

Quando é que acaba, lá p'rós exames, nao?

GREVE 

Coimbra Académica parou, eu não dei conta, mas os donos dos cafés agradecem, foi pena o tempo não estar grande coisa senão as esplanadas tinham enchido!

MOSES é o nome do cão 

Sigo Bruno Sena Martins desde à pouco tempo é certo, mas nao posso deixar de me imiscuir no seu reparo a Dogville.
É de facto um mundo cão(passe o absurdo do óbvio), que se nos oferece nessa tamanha negritude que é o scennario, é também o espaço que preenchemos (a meu ver a partir do terceiro capítulo) com aquilo que nos é mais sensivel, a nossa propria percepção do mundo, dos outros, esse inferno delicado que J.P. Sartre evoca de forma algo proverbial.
É contudo nesse espaço que se nos permite, perante a crueza, quer da filmagem, quer do próprio desempenho dos actores, a liberdade de apreciar o quanto sabemos de nós próprios. Perante o constrangimento, perante a violência, ficamos desprotegidos e as sensações mais elementares, desenvolvem-se primeiro no sentido de uma compaixão, e depois numa total dispersão, que quase nos leva a creer que se reescreveu a ascenção de Cristo aos céus. Ela vai ter com o Pai, e este, mais humano que aquele feito à sua imagem e semelhança, revela-se, não abandonando a Filha na sua cruz(neste caso roda), Cai pois o Dilúvio, neste caso de fogo, e a palavra Justiça gemina-se com Vingança. Todo o discurso se pode, a meu ver, inverter nestes termos, podendo pois então o filme tornar-se num objecto de Culto. Cultivando as nossas mais elementares tentações. Libertino...

domingo, outubro 19, 2003

Não entres tão depressa nesse montículo de merda!-Terá dito a mosca ao mosquito.
Faz já tempo que tenho boca, e ela serve para mais do que falar...-Respondeu este.
Alguém fez merda, poia grande e odorosa que perfuma a comunicação social, agora alguém dela se alimenta, a diario, com hora marcada e leitura assídua. Afinal estavam à espera de quê?
Tudo começou à muito, muito tempo... Quando os ruminantes mantinham a erva curta e a cabeça baixa (se alguém se descuidava, logo se fazia um buraquinho e tudo se enterrava). Diacho dos bichos lembraram-se um dia de olhar o horizonte, nada, acabava numa linha e pronto. Meu dito, meu feito, começou tudo a olhar o horizonte à procura de um qualquer quê. Nada, a erva cresceu, virou capim, alimentavam-se a credito do horizonte e nada de comer.
Tempo de vacas magras, que o crédito sempre se paga e em geral mais caro. As poias escondidas pelo capim, não tardaram a tornar-se por demais evidentes com a chegada da industrialização. Todos confirmaram o que já se suspeitava, todos tinham feito merda e ninguém limpava.
Jardim à beira-mar plantado, prado imundo do crédito mal parado.
Quem nao deve nao teme, por outro lado, quem nela se atolou que não espere vir de lá a sorrir, como que se estivesse a cagar p’ra isso!

sábado, outubro 18, 2003

Gosto muito deste gato 

"Villaça costumava dizer que lhe lembrava sempre o que se conta dos patriarchas, quando o vinha encontrar ao canto da chaminé, na sua coçada quinzena de velludilho, sereno, risonho, com um livro na mão, o seu velho gato aos pés. Este pesado e enorme angorá, branco com malhas louras, era agora (desde a morte de Tobias, o soberbo cão de S. Bernardo) o fiel companheiro de Affonso. Tinha nascido em Santa Olavia, e recebera então o nome de Bonifacio: depois, ao chegar á edade do amor e da caça fora-lhe dado o appellido mais cavalheiresco de D. Bonifacio de Calatrava: agora, dorminhoco e obeso, entrara definitivamente no remanso das dignidades ecclesiasticas, e era o Reverendo Bonifacio..."
E.Q. 1888

sexta-feira, outubro 17, 2003

e alguém me responde? 

Imóvel transparece, na sua letargia a solidão. Fujo da dor, que é quebrar-me em dois. Nao fosse isso, poderia talvez existir em ti do mesmo modo que tu fosses em fim(em mim?). Que mais posso eu dar, que espaço onde te receber. Que mais posso eu aspirar que nao seja contigo foder. Se fujo do sofrimento esbarro no prazer e na luxúria; que, têm-me dito, nas contas finais doi mais que morrer.

pespectivas matinais 

Quem procura nas frestas da persiana o dia, arrisca-se a não conseguir acreditar que há pessoas sem ser às risquinhas

O amor não existe 

Dias serenos, que o tempo não consente agitações assim por nada, o soçobrar dos corpos na inerte madrugada, mais nao é que uma desculpa, para uma fuga desajeitada por um crime cometido ao anoitecer.
Eu sorri quando te vi, reflexa na transparência da minha memória, poderias bem ser o amor que há-de-vir.
E chegaste, e depois culpei-te, pela prisão de ter aceite, dormir contigo uma última vez.
Ouço agora o responso, diário de um coro que me acusa, a cada mirada no espelho.
É pela manhã que me assalta este temor, este arrependimento, esta suave dor; dia fora ensandeço, para à noite, ao teu lado deitado, num lânguido torpor, renegar o amor...
E faço sexo, crio sexo, destruo sexo, canso-me do sexo...
O odor bestial e inflamado, que a tibiez do quarto conservam até fechar as pálpebras, até suspirar “até amanhã”, tranformam aquele último beijo num flato imaginário, como quem se liberta do quarto e consegue por momentos sonhar que existe fora dali, num outro algures com outro alguém...

quinta-feira, outubro 16, 2003

ainda sobre decoração 

Não faço a menor ideia de quem esteve encarregue de produzir as apelativas mensagens de dissuasão que se fazem transportar pelos maços de tabaco, mas o que ao facto ão que uma das mensagens me deixa deveras curioso:Qual terá sido a senhora/menina que naquela "Fumar pode prejudicar o esperma e reduz a fertilidade" deduziu, intuíu, seja lá o que for que isso era verdade?
1º- Não esta provado, pelo menos ignoro qualquer estudo que o indique, que o tabaco altere o sabor do esperma, quanto mais prejudica-lo.
2º- Toda a menina sabe, desde cedo, que nao se engravida pela boca, por isso nao há muita fertilidade a reduzir fumando.
3º- Deixo contudo o meu alerta, reforcem as doses de vitamina C e sais minerais que tais zinco, magnésio etc. fumar prejudica de facto a absorção de vitaminas e sais minerais que a seu tempo podem provocar problemas de saúde graves: gengivites, e em casos extremos documentados em bairros periféricos de Lx e na África profunda, de Faringites e até estomatites. em caso de dúvida consulte o seu gastroentrologista, ou qualquer médico de clínica geral espanhol que faz a mesma merda.

sigo atentemente A-deus nesta cruzada, em busca do cálice onde tão brilhantes mentes beberam inspiração para tais ditames

Gazua 

Quem é que nunca precisou de uma gazua, para abrir, para partir, enfim, para se divertir...
Há pessoas com as quais só se consegue comunicar com uma gazua: ou abrindo ou partindo...
hoje dei bronca na rodoviaria, bronca daquela de partir, já nao andava no bus p´raí à meio ano, hoje lembrei-me porquê.
sou como um peixe memória curta, amanha volto ao comboio, apesar de demorar mais uma hora, poupo nas cartas de reclamaçao nunca reclamadas por quem de direito, la vai, la vai. abaixo os expressos vivam os combóios e a cp

terça-feira, outubro 14, 2003

O que sei é que, se quiser comprar açucar vou a um qualquer supermercado modelo e lá está o quilinho, bem pesado, empacotado à minha espera, se eu quiser pagar o seu preço ele é meu, assim sem mais como as infíndáveis folhas impressas do jornal ou revista que eu queira, desde que pague...

Tudo certo, mas se eu pagar um curso superior, e ele até nem for assim grande coisa, tipo más instalações, professores sofríveis, métodos de ensino deploráveis, enfim um curso em tudo inferior àquilo que apelidamos de Qualidade...
Vou reclamar à caixa central, e a menina Manuela(que sem ninguém saber se meteu debaixo do gerente de loja da secção de HI-FI, bom não é bem assim, o Paulo, vendedor qualificado em vésperasde promoção gravou tudo e chantageia agora o gerente do HI-FI, sob pena de tranformar os 54 ecrâns da loja em promotores do SEXYHOT-amateur) devolve-me a diferença? nahh!
Posso sempre procurar outro curso, ou outra escola, mas e se o gajo da banca dos jornais me disser que os outros jornais se esgotam antes de abrir o quiosque.( é que antes o Pedro vendia revistas porno embrulhadas no jornal, um dia enganou-se e vendeu um jornal ao senhor Martins, dentro de uma NovaGina-ediçao centenário. Bronca, a mulher soubee de uma assentada passou a mulher do senhor Martins a ir comprar o jornal, e a mulher do Pedro a vende-los)

enfim GREAT EXPECTATIONS BIG TAXATION

taxo por tacho, preferia uma xerne com sotaque albanês
ignoro a dimensão real do volume de negócios de uma grande empresa tipo SONAE ou IMPRESA, ignoro também ao certo o número de pessoas que alimentam essas maquinas de fazer dinheiro, e no entanto dia a dia, semana a semana contribuo para o seu enriquecimento. O que se passa com a minha universidade, que sendo pública, nao sei quanto gasta, em quem gasta e porque gasta... Não sei, ignoro.
o problema do oportunista, nem sempre é só uma questão de momento, é também, por vezes, o tema!
ora o quid das propinas não é, nem o seu valor, nem a sua cobrança, nem sequer porventura o seu destino.
aquilo que de facto importa aqui é saber de que modo podemos, nós alunos, beneficiar, pagando propinas; Sustentando um sistema, de que o estado e as perpétuas instituições de ensino público sao os únicos responsáveis. "No taxation without sense"
fará diferença a alguém o quanto ganha quem me paga para estudar?
que diferença lhes faz então quanto gastam para que eu estude...
sempre silente, a voz de quem consente...
ignomínia, esta palhaçada anti-propinas não tem razão de ser...

ora, ora! 

Então quantos bigodes tem um gato?

segunda-feira, outubro 13, 2003

Logo mais 

Encontro razão para quase tudo, menos para a irracionalidade da soberba possessão lusófona que Lisboa pretende induzir no resto do país de bem falantes provincianos. Falo tão bem português como Poia tao bem Castelhano, coiso e tal, ninguém leva a mal... afinal um império sempre tem a sua capital!

hoje 

hoje fui às aulas...
tinha saudades, sentei-me na discreta ultima fila, e a miuda ao meu lado tinha uns olhos bem bonitos. O prof falou dez minutos sobre paises civilizados, (suponho que tenha falado mais) abandonei a sala quando no seu entusiasmo se referiu com soberba às "antigas possessões em àfrica" corrigiu : 'países lusófonos de expressão portuguesa'- duh!!!!!!
geração bestial... Nem mais um cêntimo para alcool no bar da faculdade, 'bora tomar cenas à base de aspartame em vez de açucares contaminados.

A sério 

é so brincadeira por enquanto, mas quem muito brinca...
logo trinca

Agradecimentos 

ao senhor...
à senhora...
e aos filhos da ...a de seus pais!

ganei-me 

é post i nao posht!

Erro 

o meu primeiro posht

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